Seguidores

terça-feira, 15 de março de 2011

Cidadania Policial


Durante mais uma jornada dupla, tive a oportunidade de folhear umas revistas antigas e deparei com a matéria “Um policial quase nota 100”, publicada na Revista Época de novembro de 2010, que destaca o brilhante desempenho acadêmico do Capitão Ironcide Gomes Filho, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, no curso de mestrado realizado no Centro de Altos Estudos de Segurança da Polícia Militar, defendendo tese sobre a responsabilidade social dos Policiais Militares.

O fato deve servir de alerta para todas as instituições de segurança pública, em especial para as Guardas Municipais, que flertam constantemente com o pseudo militarismo, que através de seus gestores, preferem adotar dogmas protecionistas estigmatizados pela antiquada caserna do que promover ações meritocráticas.

A inteligência passa ser a nova arma contra o crime, preparando não só seus oficiais, mas promovendo oportunidades de qualificação a todo efetivo, pois sem educação dificilmente teremos cidadania policial e nem como reverter a perspicácia dos atuais detentores da segurança pública que a monopolizam para a transformarem em instrumento político.

A proposta da formação do policial cidadão é uma característica intrínseca das Guardas Municipais, que são pioneiras em vários modelos de ações de segurança, quebrando paradigmas e modernizando alguns conceitos tradicionais, que proporcionam uma maior aproximação entre sociedade e os órgãos de segurança, fato muito bem observado pelo Capitão Ironcide.

Esperamos que as Guardas Municipais despertem para valorizar seu papel comunitário e que seus oficiais possuam preparo e dedicação dessa magnitude, podendo assim inserir suas Corporações efetivamente como órgão de segurança pública, aproveitando o início dos trabalhos para positivação da norma que definirá suas atribuições, pela Comissão instituída pela Portaria 039/2010 da Secretaria Nacional de Segurança Pública.   

Um comentário:

  1. Caro Pereira,

    De fato há de existir resitência, pois a questão é única:

    Como manter o status?

    O comando é indiscutível, deve ser seguido sem haver questionamento, porém os absurdos acontecem por:

    Inexperiência;
    Incompetência;
    Ingerência.

    Inexperiência por comodismo, medo de alçar vôo e conquistar espaço, assim a inexperiência é fruto da não aplicação de novos métodos, porém figura no glossário superior termos técnicos que estão distante de sua aplicação, ou seja, aquilo que se fala é impraticável, pois não há pessoa habilitada ou capacitada, com autonomia, de conduzir projetos importantes à nossa Instituição, assim presenciamos erros primários sem reconhecimento de culpa, apenas a responsabilização de outro, que, sequer tem autonomia de decisão. Responsabiliza-se o operador por erros ou omissões administrativas. Cabe citar as regulamentações que deixam de existir por, simplesmente, achar-se que tudo é regulamentado, sem verificar a necessidade de instruir o subalterno, o qual acaba respondendo criminalmente, civilmente e adminstrativamente por seus atos, porém com grande influência daquele que determina;

    Incompetência pela forma que lida com assuntos técnicos, os quais dependem de pessoas preparadas, o que não significa a inexistência de pessoas com perfis empreendedores, mas a centralização de decisões que travam todos os processos, implicando na vivência com "supostos" sucessos que simplesmente reflete a vontade de alguns, ou seja irrealidades;

    Ingerência é a ausência de autonomia nas tomadas de decisão, havendo a instituição de um paradgma que conduz o pensamento de que os ocupantes de cargos inferiores não são suficientes bons, nem, ao menos, para sugerir.

    A realidade busca, com base no mérito do indivíduo, pessoas que possam conduzir uma Instituição grandiosa, porém encontra resistência na sustençao de cargos que não admite equiparação.

    É o homem e sua insepárável vaidade, desta forma, meritocrática, temos pessoas valorosas, as quais buscam especialização, porém, por falta de aproveitamento, temos este alto indice evasão, superior as demais carreira públicas, pela qual, o profissional, por ausência de oportunidades, sai em busca de novos caminhos.

    Referente artigo, a preparação do operador é essencial, pois ele representa a Instituição, e, somente com a boa prestação de serviço e o reconhecimento daquele que servimos, poderemos evoluir, o que esperamos há vinte e cinco anos, porém não podemos reclamar, pois fruto que colhemos é da árvore que plantamos ou plantaram para nós.

    ResponderExcluir