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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Capitão Nascimento e as Guardas Municipais

Autor: Wagner Pereira
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco

 
A matéria sobre o papel das Guardas Municipais, transmitida ontem no programa Bom Dia Brasil, pela Rede Globo de Televisão, foi uma decepção e um atentado contra aproximadamente 800 Corporações que lutam contra estigmas infundados sobre sua atuação como forças auxiliares de segurança pública.

Decepção com Rodrigo Pimentel, que serviu de inspiração ao herói Capitão Nascimento dos filmes Tropa de Elite 1 e 2, por seu comentário preconceituoso, inoportuno e falacioso e fantasioso.

Preconceituoso, por soar como um pensamento institucional das Policiais Militares que não admitem a importância das Guardas Municipais como órgão de combate ao crime e a violência, resumindo o poder de polícia em abordar pessoas nas ruas, que o Guarda Municipal não serve par enfrentar o bandido, pois seu papel é prevenir pequenos delitos, pois não é preparado para isso, mas esquecem que esses profissionais atuam diariamente nas escolas, parques, prédios públicos, na fiscalização do comércio ambulante, do trânsito, do meio ambiente, socorrendo pessoas, salvando vidas, levando segurança em locais que o estado falhou e continua falhando por sua omissão em adotar políticas públicas que protejam o cidadão.

Inoportuno, em afirmar que a sociedade não quer mais uma polícia, pois já há policia demais, que a Guarda Municipal tem sua importância ao coibir pequenos delitos nas praças, nas escolas e na sede das prefeituras, destacando que em nenhum momento foi mostrado qualquer Guarda Municipal utilizando arma não letal, pois em todo país vivenciamos uma epidemia do crime, quando o tráfico e a violência batem em nossa porta, o tráfico de drogas está dentro das escolas, praças são redutos de traficantes, quanto ao uso de arma não letal, estes produtos são controlados pelo Exército Brasileiro e sua utilização requer treinamento especializado como o de uma arma de fogo convencional, o próprio Rodrigo Pimentel reconhece que são equipamentos modernos utilizados pelas policiais do mundo todo, mas se as Guardas Municipais não tem poder de polícia como podem utilizar equipamentos de polícia?

Falacioso, ao indicar que o Guarda Municipal diante do crime deve acionar a Polícia Militar através de rádio comunicação para atendimento da ocorrência, gostaria que ele indicasse qual Guarda Municipal e Polícia Civil tem sua comunicação integrada com a Polícia Militar, lamentável que alguém que foi da Elite da Tropa, não ter senso crítico que a resposta aos chamados feitos a polícia é morosa, pois não há efetivo suficiente para atender a demanda, quanto tempo leva um disparo de arma de fogo.

Fantasioso, ao afirmar que os municípios com menos de 50 mil habitantes possuem efetivo da Polícia Militar, pois não teve o cuidado de analisar os dados do IBGE que indica a existência de 5.565 municípios no Brasil, sendo 92 no Estado do Rio de Janeiro, destes 55 possuem população inferior a 50 mil habitantes, gostaria que informasse quantas vezes enquanto Capitão da Polícia Militar esteve nos municípios de Macuco e São José de Ubá e qual efetivo policial atual empregado nesses locais.

A matéria aborda a situação do Município de Itupeva, no Estado de São Paulo, com 44 mil habitantes, que conforme o Estatuto do Desarmamento veda o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal, porém o Prefeito decidiu recorrer a justiça para que fosse autorizada a compra e porte de arma ao efetivo, recebendo apoio da população que decidiu doar amas de fogo particular a Corporação, ou seja, o serviço prestado pela Policia Estadual não é atende os anseios locais, pois a Policia Militar possui somente um destacamento e a Policia Civil uma Delegacia, ambos mantidos com investimentos municipais, sendo registrados até o 3º trimestre de 2011, 15 estupros, 147 roubos, 475 furtos, 11 homicídios, 40 registros de tráfico de entorpecentes, entre outros crimes, quantos foram solucionados? Quantos tiveram apoio da Polícia Militar?

A distorção dos fatos é inadmissível, pois a Lei nº 10.826/03, que instituiu o Estatuto do Desarmamento, estabeleceu parâmetros para a concessão de porte de arma de fogo para as Guardas Municipais de forma equivocada, sofrendo alteração 5 meses após sua edição pela Lei nº 10.867/04, porém numa inexplicável anomalia jurídica, condicionou-se o número de habitantes do município à concessão de porte de arma para a Guarda Municipal, seguindo talvez uma cartilha adotada pelos Governos Estaduais que destinam sua logística aos municípios de maior  poder econômico e populacional, deixando vários municípios a mercê de sua própria sorte, quando alguns prefeitos pioneiros e corajosos buscaram com apoio da população local utilizar seus recursos para proteger o cidadão da violência que assola a nação.
Policiamento comunitário sem arma de fogo é novidade, o Guarda Municipal na escola pode se deparar com as tragédias com as mortes ocorridas na escola MUNICIPAL de Realengo, porém deve se limitar a chamar a Polícia Militar ou tentar coibir esse tipo de ação, devido o treinamento especializado recebido durante sua formação profissional.

A pergunta é porque a matéria buscou prestar esse desserviço a população, será pelo constrangimento causado pela Pesquisa CNI-IBOPE, que apontou as Guardas Municipais com ótima aprovação pelos entrevistados, perdendo apenas para as Forças Armadas e Polícia Federal.

Rodrigo Pimentel não use a estratégia de Joseph Goebells em que “uma mentira contada mil vezes, torne-se verdade”, isso não condiz com a honestidade e determinação do Capitão Nascimento.



Rodrigo Pimentel, Chico Pinheiro e Renata Vasconcelos
Imagem extraída do Portal Bom Dia Brasil


Assista a matéria nos links:


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sou motociclista, não sou ser humano, não sou contribuinte, não tenho direitos?

Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana

Quem acompanha este respeitável blog sabe que não publico artigos de forma constante e com pouco interstício, mas devido a um assunto que está presente nos noticiários e na Assembléia Legislativa de São Paulo, me senti na obrigação de me manifestar quanto ao assunto.

O “Exmo. Senhor Deputado Estadual Joogi Hato” é autor do Projeto Lei (PL) nº 485/2011 que proíbe o trânsito de motocicletas com garupa em dias úteis em cidades com mais de um milhão de pessoas. A justificativa para tal é a diminuição de acidentados e roubos a mão armada onde o “Exmo. Deputado” alega, embasado em pesquisas do CET que apontam que em 41,8% das colisões com mortes, envolveram motos e carros. Na sequência (14,9%) aparecem motos e ônibus. E que, segundo dados do Departamento de Polícia da Capital – DECAP – os motoqueiros estão envolvidos em 61,5% dos crimes contra o patrimônio.

Bom, então vamos divagar...se então houver um aumento significativo de homicídios com facas teremos que, para comprar uma faca de cozinha provar a necessidade? E um açougueiro, terá que ter curso de uso defensivo do seu aparato de trabalho e assinar um termo, tipo um porte de armas?
Se, para cada caso, onde a incompetência do poder público se mostrar latente, termos que ter uma restrição de direito, seja ela material ou de ir e vir, daqui a pouco viveremos em um estado ditatorial.

Uma motocicleta é projetada para até duas pessoas, por isto ela vem com dois lugares, este projeto bate de frente com uma das causas do trânsito, o número elevado de carros.

Há quem use motocicletas para cometer crimes? Evidente, isto é fato, assim como há quem utilize carro, bicicletas, ônibus, caminhão, vamos cercear o direito de todos dirigirem e darem caronas também?

Dá forma que o “Exmo. Senhor Deputado Estadual Joogi Hato” expôs, a impressão causada é que TODOS os motociclistas são ladrões ou suicidas, e todos são irresponsáveis.

E absurdo, estou pasmo com o alto grau de sapiência dos nossos políticos, em especial da Assembléia Legislativa de São Paulo e mais especificamente ao “Exmo. Senhor Deputado Estadual Joogi Hato” que “libera” o trafego com garupas aos finais de semana e feriados como se ladrão tirasse folga também e nestes dias não houvesse nenhum tipo de assalto nem tampouco acidentes, é só acompanhar as matérias em finais de semana prolongados e veremos o quanto de acidentes. Será que o “nobre Deputado” tem algum projeto na manga para estes fatos também?

Há aqueles que abusam da máquina e se envolvem em acidentes? Evidente, mais um fato, assim como há os rachas, os acidentes com carros, ônibus, caminhões, trens e etc. Vamos cercear o direito de equipar um automóvel ou de ter um?

Será que não seria o caso do estado parar de se omitir, e em vez de paliativos como este PL, agisse de forma eficaz com contratações de mais policiais, comprar mais equipamentos, investir na qualidade do policial, equipar os órgãos de corregedoria, para inibir e fiscalizar infrações de trânsitos e ilícitos penais com mais rapidez e eficácia, punindo os infratores e os agentes coniventes com as práticas?

Será que o “nobre Deputado” não está metendo a colher no angu dos outros, uma vez que interfere diretamente na política de cidades e depois manda a cidade arcar com o ônus da lei?

Não seria melhor se o “nobre Deputado” lutasse por corredores de motos nas grandes artérias das cidades, para impedir ou diminuir os acidentes envolvendo este tipo de veículo?

Será que o “nobre Deputado” já se dignificou a trafegar ou visualizar o trafego de veículos nas principais artérias da cidade e perceber o número de motocicletas que transitam? E destas, o enorme número de motociclistas com garupa? O “nobre Deputado” irá explicar como há estas pessoas que elas não podem mais fazer uso deste tipo de transporte e devem a partir da sanção do Exmo Governador (coisa que eu espero que não ocorra) que elas devem se locomover e pegar o nosso excelente sistema de transporte público, onde gastamos mais tempo nele do que convivendo com nossos familiares, apertado, insuficiente, desconfortável, caro, lento e uma série de adjetivos não louváveis?

Será que o “nobre Deputado” também tem uma “solução mágica” para o transporte coletivo como esta proibição das motocicletas?

Apesar de louvar o “nobre Deputado” pela sua preocupação com a segurança pública e sem interesse eleitoreiro nenhum, nem considerar que o ano que vem é um ano de eleições, creio que ele deva se informar melhor sobre suas atribuições, pois a Constituição Federal de 1988 prevê que a competência de legislar sobre o trânsito é competência da União.

O “nobre Deputado” está tendo uma visão mínima do problema e acha que cercear o direito de uma minoria, se é que podemos falar assim, haja vista que só no estado de SP temos aproximadamente 5 (cinco) milhões de motocicletas, e só na capital paulista quase 1 (um) milhão, irá resolver o problema, mas para as pessoas instruídas é crível a incapacidade do estado em responder aos problemas.

Insano e ilegal a meu ver, é cercear o direito de fazer uso de um patrimônio, cercear o direito de ir e vir, obrigar o cidadão contribuinte com mais uma taxação pelo fato dele optar por um meio de transporte.

Teremos que usar roupas com a identificação da placa na jaqueta e no capacete, e quando for vender a motocicleta? Venderei o capacete e a jaqueta também?

Quem se beneficia com isto? A população? Mas o motociclista honesto, que é a grande maioria, não faz parte desta população? As fabricas de motos que não, com certeza, pois isto irá espantar o interesse por este tipo de equipamento, pelo menos nos grandes centros. Teremos dispensas nos fabricantes de motos? É possível, haja vista que São Paulo é o maior mercado consumidor do país.

Será que o “Exmo Senhor Deputado Estadual Joogi Hato”, que representa o povo, e o motociclista faz parte deste povo, mensurou as conseqüências do seu ato? Será que ele pesquisou não só os fatos, mas as causas da criminalidade e dos acidentes? Será que ele não está sendo parcial?

Da forma que o “Exmo Senhor Deputado Estadual Joogi Hato” expõe, dá a entender que todos os motociclistas são ladrões ou suicidas. Seria um pré-conceito? Seria uma forma de assédio moral? Seria bullying? Só sei que não agrada, e creio que o mesmo não sabe o que faz.

Pois eu digo que se ele tivesse pesquisado as causas, não faria uma proposta destas. Lutaria por educação de qualidade, pelo fim da famigerada “Progressão Continuada”, por moradia, por asfaltos e duplicação em rodovias, por áreas de lazer, infra-estrutura, por uma polícia de qualidade e com qualidade.

Antes de ter fim a este artigo, quero aqui demonstrar minha indignação ao “Exmo Senhor Deputado Estadual Joogi Hato”, e se eu pudesse, me referiria ao mesmo por outras alcunhas de menor galardão, pois é o que penso.

O projeto ainda passará pelo Governador Geraldo Alckmim, e penso que o senhor Governador seja um homem sensato, inteligente e ponderado e não irá sacramentar esta insanidade. Quando o “nobre Deputado” era ainda Vereador nesta cidade, ele também tentou algo parecido, um projeto que impedia os motociclistas andarem com garupa, mas a Exma. Prefeita Marta Suplicy vetou este despautério, sabiamente, não espero diferente do Exmo. Senhor Governador.

Reza a lenda que o povo tem os políticos que merecem, então rezo e luto para que tenhamos políticos melhores!

Um fraterno abraço a todos e que o GRANDE CRIADOR nos ilumine sempre!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Observatório contribui na elaboração de relatório sobre combate às drogas


As pesquisas, estudos e levantamentos que integram o Observatório do Crack lançado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com o objetivo de mostrar a realidade das drogas no país estão contribuindo na elaboração do relatório final da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, da Câmara dos Deputados. O Sistema de Informações que a CNM montou e continua recolhendo dados mostra que o crack se espalhou e faltam ações de combate, de prevenção e de tratamento.

A comissão deve encerrar os trabalhos no inicio de dezembro com a votação do relatório. Depois deve ser criada outra comissão para estudar projetos de sei sobre o tema. O relator da comissão, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) adianta que o relatório está quase pronto e que o Observatório do Crack da CNM está sendo de grande importância para consultas e informações. Um pré-relatório será distribuído aos 51 parlamentares da comissão que apresentem sugestões. O relator quer evitar emendas que atrasem a aprovação final do documento. “São aproximadamente mil páginas de contribuições para que seja criada uma política nacional de combate às drogas”, antecipa.

A decisão do governo de lançar um programa de combate às drogas na próxima terça-feira, 29 de novembro, foi duramente criticada pelo relator. O parlamentar considerou um desrespeito ao parlamento já que a comissão estuda o assunto há oito meses, fez 40 viagens para cidades do Brasil e do exterior para conhecer experiências de outros países, e não foi ouvida, “o mesmo acontecendo com a CNM que tem um grande trabalho sobre o crack”, lamenta. Para Carimbão, lançar um programa sem ouvir deputados e outros entes, é inaceitável. “Esse plano é um engodo. Tive a oportunidade de ver a proposta do governo e não nada de prevenção e nem de reinserção”, garante.

O presidente da comissão, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) destacou a importância do Observatório do Crack, lançado pela CNM. “Será uma fonte de consulta permanente pela sua atualização e dados de todo o Brasil”, destaca. Disse concordar com a afirmação do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski de que as cidades brasileiras não estão preparadas para enfrentar as drogas, em especial o crack. Segundo ele, não há profissionais capacitados, nem infraestrutura para acolher os dependentes químicos.


sábado, 26 de novembro de 2011

Guarda Municipal de Campo Grande

A Guarda Municipal de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso do Sul, foi criada pela Lei Municipal nº 2.749, de 10 de agosto de 1990, pelo então Prefeito Lúdio Martins Coelho, firmada por intermédio de um Convênio entre o Estado e o Município, sendo que o efetivo da Guarda Municipal era formado por aposentados das forças armadas e forças auxiliares, para atender aos anseios da época, cujas atribuições eram as mesmas dos agentes patrimoniais de cuidar do patrimônio público municipal onde, por vários anos, desempenharam um excelente serviço.

A Lei Municipal n.º 4.520, de 19 de setembro de 2007, a Guarda Municipal de Campo Grande foi reorganizada, sendo que o Município de Campo Grande abriu o primeiro Concurso Público para o preenchimento do cargo de Guarda Municipal, na administração do Prefeito Nelson Trad Filho.


Guarda Municipal é a denominação utilizada para designar a instituição de controle social ostensivo para proteger os bens, serviços e instalações dos municípios, organizada de conformidade com o § 8º do art. 144 da Constituição Federal e o art. 81 da Lei Orgânica do Município.
Extraído do Portal da Guarda Municipal de Campo Grande

• Histórico e regulamentação da Guarda Municipal

Após 17 (dezessete) anos de existência, a Guarda Municipal de Campo Grande foi regulamentada por meio da Lei Municipal n.º 4.520, de 19 de setembro de 2007, com o Primeiro Concurso Público de Provas para provimento no cargo de Guarda Municipal, Terceira Classe, do Quadro Permanente de Pessoal da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul.
 
Extraído do Portal da Guarda Municipal de Campo Grande

Então, tomaram posse no quadro efetivo os 305 (trezentos e cinco) homens e as 09 (nove) mulheres aprovados no concurso. Com isso, houve a necessidade da substituição dos guardas municipais contratados pelos concursados, o que foi imediatamente cumprido, conforme a previsão legal.
Extraído do Portal da Guarda Municipal de Campo Grande
Contudo, como efetivo de concursados era menor que o de contratados foi necessário ser realizado outro concurso onde, na ocasião, ingressaram mais 600 (seiscentos) homens e 69 (sessenta e nove) mulheres conseguindo, assim, substituir todo o efetivo de contratados.

Extraído do Portal da Guarda Municipal de Campo Grande
Após algum tempo foram somados ao efetivo de Guardas Municipais o efetivo do quadro de vigias municipais passando, estes, a serem Guardas Municipais Terceira Classe, constituindo, juntos, um efetivo de, aproximadamente, 1.050 (um mil e cinqüenta) Guardas Municipais Terceira Classe.

Extraído do Portal da Guarda Municipal de Campo Grande
Com o efetivo de Guardas Municipais distribuídos em vários bairros de Campo Grande, fica evidente que a força azul marinho (Guarda Municipal) vem fazendo sua parte, ganhando aceitação e credibilidade tanto nos bairros quanto no centro, fazendo com que, paulatinamente, nossa população tenha mais segurança dentro das escolas, postos de saúde, praças, parques dentre outros, cumprindo, assim, sua parcela de responsabilidade perante a sociedade em geral, agindo de acordo com a Lei nº 4.520, de 19 de setembro de 2007.

Informações extraídas do Portal da Guarda Municipal de Campo Grande


Blog do GM Montanha

Em outubro de 2008 foi publicado o primeito artigo do Blog GM Montanha, que se tronou em um dos principais meios de divulgação dos trabalhos e informações sobre a Corporação, tendo sua missão retratada na frase "seu esforço nunca deve ser de dminiuir a fé do outro, mas torná-lo o melhor seguidor de sua fé".

Extraído do Blog do GM Montanha
Associação dos Guardas Municipais de Campo Grande - MS
Alberto Costa Neto
O efetivo e representados pela Associação dos Guardas Municipais de Campo Grande - MS, que representa e defende os interesses da categoria, tendo como Presidente, o GM Alberto Costa Neto, um dos principais articuladores pela realização da I Marcha Azul Marinho de Mato Grosso do Sul.
O Blog da Associação dos Guardas Municipais de Campo Grande - MS teve ínicio em 12 de janeiro de 2011 com a proposta de:
"GUARDA UNIDA! VENCE UNIDA! CONQUISTA PARA TODOS! RESPEITO! INTEGRAÇÃO! UNIÃO!",
Princípios
1 - RESPEITO: SINONIMO DE EDUCAÇÃO E LIBERDADE
2 - INTEGRAÇÃO: É INDISPENSÁVEL LUTAR PARA CONFERIR AOS ESFORÇOS DE INTEGRAÇÃO UM CARÁTER SOCIAL E UM ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE MAIOR

3 – UNIÃO: DEVEMOS NOS UNIR EM UM SÓ ESPÍRITO, PARA TERMOS A PERFEITA UNIÃO, UM PARA COM O OUTRO E TODOS PELA FORÇA AZUL MARINHO

Extraído do Portal da Guarda Municipal de Campo Grande

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O PODER SOBRENATURAL DO CRACK

Autor: Archimedes Marques
Delegado de Policia
Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe
email:
archimedes-marques@bol.com.br

Há algum tempo atrás um cidadão aparentando ter pouco mais de trinta anos, vagava pelas ruas centrais de Aracaju, como de costume, pois noutra vez eu já tinha observado os seus passos nas mesmas cercanias.
Mostrava estar triste e deprimido como nunca, talvez como sempre.
O dia de sábado era como outro qualquer na sua vida e na vida da cidade, pois o vento que soprava quente era o mesmo, o sol abrasante e causticante a tudo esquentar era o mesmo, as pessoas indiferentes, passando de um lado para o outro das ruas e nas calçadas, afastando-se do citado cidadão em misto de medo e asco eram as mesmas, a agencia bancaria a qual ele entrara era também a mesma.
Entretanto, aquele carrancudo cidadão, barbudo, cabeludo, sujo, maltrapilho, esquelético, parecendo seriamente doente me lembrava de alguém, alguém conhecido, alguém que um dia já mantivera algum tipo de contato verbal comigo, mas, por mais que eu tentasse me lembrar de quem seria aquela misteriosa pessoa não conseguia.
Demasiadamente curioso, dessa vez olhei mais demoradamente para aquele estranho e intrigante cidadão enquanto ele tirava dinheiro no cash do banco no mesmo instante em que as outras pessoas que ali estavam presentes trataram de fugir do recinto pensando ser ele um assaltante, um bandido ou delinquente qualquer, talvez um maluco andarilho.
Ele não demostrou surpresa pelo fato das pessoas assim agirem, parecia acostumado com isso, com essa humilhação, sabia que a sua aparência era assustadora apesar de saber que não era um marginal, parecia não estar ali naquele momento, noutro mundo, não ligar para o que acontecia a sua volta, parecia nada temer, talvez se a Terra explodisse para ele seria normal.
Temia somente um novo ataque de bronquite que se avolumava no seu pulmão devido a tosse grossa e pesada que insistia na sua garganta a fazer tremer a sua longa e imunda barba que carregava em igual modo com o seu cabelo escarafunchado e embuchado tal qual uma casa de cupim.
As suas perspectivas eram as piores possíveis.
Certamente mergulhado em pensamentos pessimistas, nem sequer notou que eu sem disfarçar tanto olhava para ele querendo me lembrar de onde o conhecia, até que o guarda do banco chegou de um possível cafezinho e me falou: - Tá vendo o que o crack faz? ... Ele era um Advogado!...
Foi aí que tudo emergiu, veio à tona; foi ai que tudo me chegou à mente;
Foi ai que o mistério foi revelado;
Foi ai que pude decifrar todos seus segredos;
Foi ai que vi o quanto o destino das pessoas pode ser cruel para uns e bondoso para outros;
Foi aí que eu vi aquele cidadão, antes promissor Advogado conversando comigo em algumas oportunidades nos corredores do Tribunal de Justiça e em determinada Delegacia que trabalhei, assuntos relacionados a Processos criminais ou Inquéritos policiais;
Foi aí que me lembrei de uma reportagem que um jornal sergipano fez sobre uma mãe em desespero querendo libertar o seu querido filho, estudioso, carinhoso, alegre e feliz com a vida, então Advogado preso nas garras do crack;
Foi ai que soube que os familiares desse cidadão tentavam interna-lo em clinica apropriada, mas ele se recusava tal tratamento por conta do poder avassalador e sobrenatural do crack que o arrastava cada vez mais para o fundo do poço;
Foi ai que lembrei que aquele Advogado entrou no imundo mundo do crack por conta de ter se envolvido com um traficante após conseguir sua liberdade na Justiça;
Foi ai que lembrei da citada matéria jornalística dizendo que  aquele Advogado se desfez do seu escritório, do seu carro, dos seus bens, vendendo ou trocando tudo pelo crack ou para pagar dívidas com traficantes;
Foi ai que eu senti que aquele cidadão abandonou a sua casa e passou a morar no submundo da sociedade de Aracaju, nas ruas, no mercado central, nas marquises dos prédios ou em pensões baratas junto à prostituição rasteira, com seus iguais, pelo crack e para o crack;
Foi ai que eu imaginei que aquele cidadão então sobrevivia de algum dinheiro que ainda restava da venda dos seus bens, ou quem sabe, de depósitos efetuados por familiares na sua conta bancaria;
Foi ai que eu vi que um cidadão bem vestido, alinhado, com terno, paletó e gravata impecáveis pode se transformar num mendigo, num zumbi, num morto-vivo;
Foi ai que eu vi que a vida daquele cidadão era somente o crack.
Certamente sentindo-se arrasado, desesperado, impotente para resolver o seu próprio infortúnio, o seu calvário, lançando um olhar no passado esse cidadão, antes feliz Advogado, viu o rumo errado que tomou, mas não teve forças para voltar atrás, não queria se curar, não admitia tratamento porque o crack era mais forte do que a sua vontade, o crack era mais forte do que ele.
O seu presente era só o crack, o crack como o senhor do seu viver, o crack como seu dominador, o crack como destruidor da sua família, o crack como aniquilador da sua vida.
Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas.
O crack é o grande mal do século, o mal dos males, a pior de todas as drogas, que se não for um mal que todos nós estejamos esclarecidos, irá nos afetar em qualquer momento de nossa vida ou na vida de quem mais amamos, como de fato aconteceu com esse cidadão e sua família, um jovem que estudou nos melhores colégios, que teve boas amizades, que se formou em Direito, que se tornou um Advogado, que tinha um bom escritório, que pretendia ser juiz por isso adormecia em cima de livros de tanto estudar, que tinha um bom futuro pela frente, mas que por ironia do destino, pelo poder sobrenatural dessa droga, tudo trocou pelo crack.
Rodeado e instado pelos sentimentos humanitários de enternecimento, compaixão, piedade até porque sempre fui dos maiores combatentes do crack, tanto na área repressiva quanto preventiva, com prisão de grandes traficantes na minha careira policial e inúmeros artigos de minha autoria pertinentes ao tema publicados em centenas de sites do Brasil, Portugal, Angola e Moçambique, logo pensei em falar com ele, oferecer algum tipo de ajuda moral, espiritual, mas seu olhar sisudo e com possibilidade de algum tipo de agressão me afastaram, me reprimiram até porque ele também não me reconheceu.
Entretanto, todas as vezes que caminho pela citada área de Aracaju, procuro em vão e insistentemente com os meus curiosos olhos pelo triste cidadão entre os inchadinhos de cachaça ou barbudinhos zumbis do crack em muitos espalhados pela redondeza. Se o cidadão aceitou fazer tratamento, se fez ou faz tratamento em clinica de recuperação não sei, só sei que o poder de imensa e infinita bondade do nosso Criador pode sobrepor e derrotar o poder sobrenatural do crack como assim já fez com muitos. Assim, um dia espero ver aquele alegre Advogado de volta aos corredores do Tribunal de Justiça ou em Delegacias defendendo os seus clientes, menos os traficantes.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

APOSENTADORIA ESPECIAL UM SONHO POSSIVEL.

Autor: Eziquiel Edson de Faria
Presidente da Associação Brasileira dos Guardas Municipais - ABRAGUARDAS
Classe Distina da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

A Aposentadoria Especial depende agora de TODOS nós, o esforço político e a UNIÃO, deve ser de TODOS os INTEGRANTES DA GCM, e de TODAS AS ENTIDADES DE CLASSE.

Agora é hora de maturidade, não importa a linha política, ou os interesses individuais, e de entidades, TODOS nós seremos beneficiados, e portanto a LUTA tem que ser única, é hora de amadurecermos politicamente, e nos unir, Sindicato e Associações em torno de um único objetivo que é a justa concessão da Aposentadoria Especial.

Não estamos pleiteando mais do que os nossos direitos, somos afinal funcionários de um organismo policial e merecemos ser tratados como tal, para tanto pedimos somente o mesmo tratamento que é dado a Policia Militar do Estado de São Paulo, que garante a aposentadoria ao seu policial depois dos longos anos em servir a comunidade em um serviço estafante, desgastante emocionalmente e fisicamente e com o risco de morte premente.

É nesta hora de união, que iremos ver quem é que está realmente LUTANDO pelos interesses da categoria, DESCULPAS ESFARRAPADAS E achismos jurídicos não poderão servirem de desculpas para não se unir e LUTAR pela justa e merecida Aposentadoria Especial.

Já estão começando a surgirem alguns boatos da turma do “nada vai dar certo”, alguns estão dizendo que por ser próximo ao ano político esta proposta não irá vingar, outros estão dizendo que este projeto de EMENDA A LEI ORGANICA, é de competência do Executivo, e outros estão dizendo que o texto do projeto é inconstitucional.

Estes boatos são plantados pelas mesmas pessoas que com o seu pessimismo e inveja tem afundado a GCM até hoje.

Aqueles que criticam por quem quer fazer a política do “se não for minha iniciativa não é bom”, ou pelo fato do “meu partido ou vereador não ter sido quem apresentou o projeto”, temos que nos vacinar contra estas pessoas que aceitam a derrota antes mesmo da luta começar.

O projeto de EMENDA A LEI ORGANICA, é um projeto similar a EMENDA CONSTITUCIONAL, portanto tem um rito diferenciado, e pode ser apresentado, por 19 vereadores, isso mesmo o projeto contou com a iniciativa do Vereador Abou Anni, o qual coletou a assinatura de 19 vereadores, para que fosse apresentado.

Portanto se passar nas comissões da Câmara independe de aprovação do Executivo, para tanto necessita da aprovação de dois terços dos vereadores da Câmara, ou seja, 38 vereadores dos mais de cinqüenta que compõe o legislativo municipal.

Na ralidade é necessário que se faça um GRANDE ESFORÇO CONJUNTO, onde todos nós seremos responsáveis, por lutar por esta conquista justa e necessária que é a Aposentadoria Especial.

O texto da Emenda a Lei Orgánica é legal, vejam possui inicialmente o mesmo texto da PEC 534, a qual passou em todas as comissões de legalidade, atestando a sua constitucionalidade, a parte que reza sobre a aposentadoria especial também já foi alvo de decisão do TCU, Tribunal de Contas da União, que concedeu aposentadoria aos Policias Rodoviários Federais, na mesma condição pleiteada.

Ainda neste aspecto de legalidade, já possuímos o primeiro município que aprovou a Aposentadoria Especial que foi o Município de São Luiz do Maranhão, lá já é Lei a aqui tão sonhada Aposentadoria Especial para os Guardas Civis.

A questão do ano político pode e deve ser utilizada a nosso favor, a moda de troca temos que é o voto e todo o político sabe, que cada eleição é um desafio novo, e que a conquista de um voto sequer é importante, principalmente, na questão da Aposentadoria dos Guarda Civis, que não gerará nenhum ônus aos vereadores, pois não irá afetar as emendas parlamentares, nem tão pouco o MILHONÁRIO ORÇAMENTO DA PREFEITURA MUNICIPAL, pois o impacto orçamentário da aposentadoria especial é mínimo e até irrisório frente a receita conseguida pela Prefeitura da nossa Capital.

Portanto, boatos que estão sendo plantados, somente estão ai, para desmerecer a iniciativa e para que pelo desanimo não consigamos.

Como já disse é hora de amadurecermos e de deixarmos as diferenças de lado, unidos em um só propósito que é aprovar a Aposentadoria Especial.

Esta Aposentadoria Especial, já foi tentada através de indicação de projeto de Lei, também de autoria do Vereador Abou Anni, encaminhado ao Executivo Municipal em 2009, através do TID 4747579, o qual transformou-se no processo 2010/0249970/0, que terminou em 27 de setembro de 2011 no IPREM, isso após um longo caminho de idas e vindas das Secretarias de Planejamento, Finanças, Negócios Jurídicos, Governo e Segurança Urbana.

Tudo isso para que o projeto original fosse modificado e incluindo uma série de restrições que inviabilizam a aposentadoria especial, criou-se uma lista infindável de exigências e até limite de idade queriam impor.

De sorte este projeto que em sua redação final, em que os técnicos da prefeitura, modificaram para pior, com o claro intuito de não conceder a aposentadoria, já esta findado, por parecer de um procurador do município ele ficará parado no IPREM até que a Aposentadoria seja regulamentada por projeto federal.
Sendo assim, quem quiser se unir a esta luta, entre em contato com o Carlinhos Silva, pois, ele se voluntáriou para a árdua missão de articular politicamente junto aos integrantes da GCM, os passos para a luta organizada, pois, iremos precisar de todos como já dito, bem como está aberto para o contato das Entidades que “JUNTAS” poderão contribuir e muito para a Aprovação do Projeto de EMENDA A LEI ORGANICA.
Quem tem honra e moral, quem realmente se preocupa com a GCM deve deixar qualquer magoa ou pessoalismo de lado e devemos nos unir, de forma fraternal, inteligente e organizada para conseguirmos aprovar esta proposta nas Comissões da Camara, e na votação final.
Agradeço ao Vereador Abou Anni, de coração, por nos receber e por encaminhar esta tão importante proposta de EMENDA A LEI ORGANICA, QUE É NO MOMENTO A ÚNICA E MAIS PRÓXIMA ESPERANÇA DE TEMOS RECONHECIDO ESTE DIREITO QUE É NOSSO, O QUAL DEVEMOS, TODOS INDEPENDENTE DE BANDEIRA POLITICA LUTAR PARA SUA APROVAÇÃO.
Obrigado a Todos e em especial aos nossos Associados.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ser bom?

Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana

Apesar de ser um homem um tanto quanto preguiçoso, procuro sempre me atualizar, leio bastante, estou sempre navegando na internet lendo artigos e/ou reportagens dos mais diversos tipos, sempre me atualizando, afinal a notícia de hoje é a informação de amanhã. O que é um fato hoje será usado amanhã para estatísticas, estudos e etc.

E devido à função que exerço, tenho contato com muitas pessoas, algumas não são de meu agrado, outras me deixam muito feliz, mas far-se-á o que não é mesmo? Não podemos ter tudo e, além do mais, são as pessoas difíceis que nos preparam para a vida, que nos ensinam, que fortalecem nosso espírito de luta.

Nestes tempos estava lendo um artigo onde o autor filosofava sofre um determinado assunto e minha mente viajou lá para o início dos tempos, quando eu era um garoto de vinte e dois anos, tinha acabado de ingressar na GCM, os tempos eram outros, o serviço exercido era bem diferente, as necessidades e dificuldades eram grandes, a lei era bem mais flexível para o GCM, PM ou Civil, mas também era igualmente flexível para o meliante. Algumas coisas horripilantes aconteciam sob a certeza da impunidade e muitos lendários criminosos e policiais fizeram fama devido a isto.

Mas, não é sobre isto que quero discursar...estava certa feita em pé na unidade em que trabalhava, uniformizado, garboso (não tinha barriga, era atlético), os metais brilhavam, e estava conversando com uma GCM-F “antigona”, a GCM existia a 7 anos até então e quem possuía três anos ou mais já era antigo,  e falávamos de GCM’s que tinham sido recentemente promovidos ao cargo de Classe Especial e ela me falou sobre liderança. Me explicou a diferença de “Líder Nato” e “Líder Imposto” e exemplificou citando dois recém promovidos, onde o líder nato conduzia o efetivo através da simpatia, do carisma exercido, do exemplo.

O líder imposto usava da força do cargo, do “faça o que eu mando”, do “eu sou o chefe” e etc.

Nunca me esqueci daquelas palavras e exemplos, e infelizmente não temos tantos lideres natos, mas sobram lideres impostos. Embora a matéria “Chefia e Liderança” esteja presente na grade de muitos cursos de graduação, entenda aqui por “graduação” como “elevação de grau”, pode ser tanto hierárquico como formação educacional, ainda é uma matéria para “inglês ver”, embora nas empresas de médio e grande porte seja aplicada e cobrada, em outras é apenas para “encher currículo”.

São necessários lideres natos, aqueles que devemos olhar como exemplos a seguir e não nos envergonhar ao apontar para ele, termos orgulho de apresentá-los ou comentar sobre os mesmos. Termos ciência de suas fraquezas e pontos fortes, pois eles sempre nos mostram que são seres humanos e como tal, possuem falhas também, mas suas qualidades superam suas fraquezas, e isto nos faz querer aprender com eles, caminhar com eles e com isso, nos melhoramos a cada dia e impulsionamos a eles que se melhorem também, pois o líder tem que ser superior ao liderado na parte do conhecimento e experiência adquirida, não apenas “Patente”.

E pensando neste lideres natos e impostos, me veio à lembrança uma outra definição de pessoas passada por um de meus chefes, e olha que eu me considero um ser privilegiado pois no geral, as pessoas que possuem cargos de chefia a que estou diretamente subordinado, são altamente gabaritados pela vida e pessoas de nível profissional e moral elevados e um deles disse:

“Eduardo, há dois tipos de pessoas: As pessoas que se esforçam em ser boas, mas a índole delas é má e elas sabem disto, e elas praticam a maldade de forma ciente, mas para disfarçar a maldade que lhes é nata, procuram falar coisas boas e fazer coisas boas. E existem as pessoas boas, algumas delas até procuram ter atitudes mais duras para que outras pessoas não se aproveitem dela, mas possuem a essência boa e se condenam por não conseguir ajudar as vezes, e ter que ser duras as vezes.”

Foi uma ótima definição sobre a índole humana, e também acolhi este ensinamento. Às vezes me pergunto:

Sou um líder nato ou imposto?

Sou uma pessoa boa que faço coisas ruins às vezes ou sou uma pessoa ruim que faço coisas boas às vezes?

Mas não serei eu que responderei.

É claro que me esforço para ser um líder nato, e me acho uma boa pessoa, mas minha opinião não é válida...então procuro me basear na fé que cultivo, nos bons princípios, nos bons exemplos...espero que consiga, procuro colocar minha cabeça no travesseiro e não ter a dor na consciência de ter prejudicado a alguém de forma injusta ou por puro “prazer masoquista”, procuro ser justo, andar no caminho da luz.
Então meus colegas de existência, fica aqui mais um depoimento e divagação deste para, quem sabe, vossas divagações e auto avaliação.

Percebam que não sou autor de nada, apenas usei o conhecimento para expor um pensamento e aproveito e lhes pergunto:

Será que somos pessoas boas ou pessoas más?

Será que somos lideres natos ou lideres impostos?

Será que queremos que nossos exemplos ecoem?

Fraterno abraço a todos e que o GRANDE CRIADOR sempre nos ilumine!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Retratos da Sociedade Brasileira – Segurança Pública – Parte III – Ações Sociais X Ações Repressivas

Autor: Wagner Pereira
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco


A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria – CNI e do Grupo IBOPE que abordou a situação da segurança pública no Brasil, foram 2.002 entrevistas realizadas em 141 municípios, no período de 28 à 31 de julho de 2011, indicou incoerências profundas no entendimento da população e os seus anseios relacionados ao tema.

A frase “Ações sociais como educação e formação profissional contribuem mais para diminuir a violência no país do que ações repressivas, como o aumento do policiamento ou maior rigor na punição de criminosos”, propõe uma reflexão profunda para entender seu contexto, pois num primeiro momento o glamour da Constituição Cidadã de 1988, deve prevalecer, mas propagamos algo que não queremos, veja a “INTERVENÇÂO MILITAR”, que ocorre na Cidade do Rio de Janeiro, em razão de ausência de políticas sociais e de segurança, que jogou no limbo da marginalidade grande parte da população carioca, numa contradição a assertiva proposta.

Não podemos esquecer os recentes eventos que ocorreram na Cidade Universitária, em que alunos da Universidade de São Paulo – USP, a mais conceituada do país, protestaram contra a ação da Polícia Militar, numa exposição vexatória e preconceituosa dos dois lados, numa falaciosa convergência de cidadania versus estado, outro contraponto da assertiva, pois é notório que os alunos do local possuem excelente formação educacional e que terão inúmeras oportunidades profissionais.

Curiosamente, a ferida da incoerência interpretativa da população do país, não afeta somente aos alunos da rede pública, mas também ao eleitor, pois se as ações sociais diminuem a violência, sendo mais eficaz que aumento de policiamento e rigor nas punições, como a maioria dos entrevistados podem concordar, mesmo que parcialmente, com a política de tolerância zero, penas mais rigorosas, prisão perpétua, redução da idade penal, o uso das Forças Armadas no combate a criminalidade.

A problemática do menor infrator, consagrada no Estatuto da Criança e Adolescente, tem como solução que os menores que cometerem crimes violentos/hediondos devem ser julgados como adultos, outra contradição, não ficando claro se a proposta é com a legislação atual ou com a redução da idade penal, além de não estabelecer um limite mínimo de idade, impondo mais rigor na punição do “criminoso” mirim, que deveria estar na escola e ter um futuro profissional.

A proposta da pena de morte divide os entrevistados, fomentando ainda mais as incoerências da pesquisa, entre ações sociais e ações repressivas, nicho que é explorado por nossos “especialistas’ e “técnicos” em segurança pública, que surgem com propostas mirabolantes que causam somente impacto, enquanto o erário público pagar a conta, depois restam apenas a população refém do medo e uma polícia que sobrevive da coragem pessoal de alguns paladinos que compõe seu efetivo.

Na verdade não há políticas públicas para ações sociais ou repressivas, o que temos é a mudança de hábito do cidadão, que passou a andar sem dinheiro, tomar cuidado ao entrar e sair de casa, evitar sair a noite, investir em mecanismos de segurança, entre outras medidas buscando algo que o estado não fornece, um pouco de segurança.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Se seu filho está usando drogas

- Procure informação e, se possível ajuda especializada mesmo, antes de conversar com o seu filho. Ele sempre terá um argumento para justificar o uso, além de minimizar o problema

- Não permita que seu filho fume maconha dentro de casa, a fim de manter o controle. Essa atitude, além de proibida por lei, não diminui os riscos

- Se o seu filho está arredio e não quer te escutar, procure alguém que ele respeite, como um parente ou amigo da família

- Leve - o para um psicólogo ou psiquiatra especializado. Além de mostrar que ele está prejudicando a própria vida, a terapia pode ajudar nas questões que o levaram a buscar a droga. È importante que o profissional tenha experiência na área

- Participe de grupos de ajuda mútua dirigidos para pais de dependentes, ainda que seu filho não esteja em tratamento. Mudando seu comportamento, é possível que seu filho decida se tratar

- Coloque limites em casa, como delegar tarefas, controlar o dinheiro e impor horários. Enquanto o jovem tem tudo o que precisa, dificilmente sente - se estimulado a largar as drogas

- Seja firme e nunca volte atrás. Negar ajuda pode ser melhor ajuda

- Lembre - se que, pagando dívidas que seu filho fez com traficantes, você pode estar dando início a um ciclo vicioso. Não deixe de procurar ajuda quando a situação envolver traficantes

Fonte: Antônio Rabello Filho, do Instituto Souza Novaes, coordenadores do grupo Amor Exigente, psicóloga Lygia Humberg, da USP, psicóloga Neliana Figlie,da Unifesp, livro "Anjos Caídos", do psiquiatra Içami Tiba, psiquiatra José Antonio Ribeiro e psicólogo Marcos Govoni.

domingo, 20 de novembro de 2011

Porque Pensar Relações Raciais na GCM

Elieser Marcelino dos Santos
GCM - 2ª Classe
Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo


Outro dia em conversa com um guarda, amigo e ex-aluno, este declarou que a impressão que teve das aulas de relação racial era de estimulo e apoio preconceituoso as demais etnias, já que tal instrução é baseada na história e contexto da etnia Negra.

Por isso aqui faço um esclarecimento, não se trata de apologia, ou incentivo a qualquer atitude explicita ou velada, meio de discriminação ou preconceito.

É por estes e outros que fico mais convicto da necessidade de se tratar o assunto, dentro ou fora do âmbito da instituição, pois ainda, a grande maioria de nós está alienada segundo os moldes que os brasileiros somos educados ou como ouso a dizer adestrados, seja no modo de pensar e ver tal assunto, sempre amparados na cultura do isso é normal, isso foi e vai ser sempre assim, é o imaginário racista de que tudo que se faz ou se pensa a respeito do combate a tal ato ou atitude é injusto, é privilegiar, é ainda segundo estes não necessário.

Em se falando de Brasil, exploração, cultura, que base poderíamos usar para tratar tal discussão? Se não a história do escravos e índios deste país?

A grande dificuldade que ainda temos em lidar com este tema ratifica a tamanha importância e a necessidade do mesma estar na grade curricular da formação do GCM, até porque como agentes públicos, além de termos por obrigação o tratamento dos munícipes com urbanidade, com respeito, este dever vir regado de atos e atitudes não preconceituosos ou discriminatórias. (a chamada progressão do uso da força, jamais deve vir potencializada pela discriminação, intolerância e preconceito).

Tratar este tema é dar oportunidade para instigar o aluno candidato ao cargo de agente público na função de GCM a reconstrução das práticas políticas, pois estas estão interligadas por suas práticas sociais como, a legitimidade do exercício da função e o papel da vida individual.

As aulas não tem a intenção da mudança de valores, até porque não se muda valores da noite para o dia, (minha frase de apresentação das aulas), mas com certeza é um estimulo para a reflexão de, sobre, quais valores nos balizamos até então, sejam estes éticos e morais ou culturais. agir pelo dever ou por dever eis a questão.

O papel das ações afirmativas também é fazer uma reconstrução da prática política é falar da compreensão e da ação, isso é: prática política.

A fundamentação de uma sociedade e base econômica, passa pelo papel da vida individual.

O Cidadão, o Indivíduo, o Aluno, o GCM deve agir pelo dever ou por dever eis a questão.

Ação ética e moral segundo o filósofo Immanuel Kant: é aquela que ação que pode se tornar uma lei universal, agir de tal modo que a máxima da nossa ação possa valer ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal, é o que nos pede o filósofo.

Nossos valores e nossas idiossincrasias ainda estão baseados apenas no que vemos ao nosso redor, nos limitamos às percepções que estão nos limites de nossa curta cultura visão.

Falar da história dos negros e índios deste país é, nada mais nada menos que delatar as mazelas de um estado que foi construído, enriquecido e mantido com base na exploração, opressão e massacre de uma parcela de seus cidadãos, algo que se repete até os dias de hoje.

Não se trata de inocentar quem seqüestrava, quem os mantinham cativos, ou quem os vendiam, a manutenção deste sistema é que dever ser repensado e revisto sempre.

Separar famílias, tirar dignidade, ignorar cultura, nomes, idade, impor religião, violar e violentar indivíduos de forma bárbara , expondo-os aos mais baixos níveis de tudo que se possa pensar ou imaginar, assim era e proporcionalmente ainda o é, deixamos de ser escravos nominais e passamos a ser escravos sistema, capitalista, do imaginário racista, do descaso do estado, do abandono, do acesso, do direito e etc.

A existência do chamado ciclo silencioso ainda é muito forte e tem um papel fundamental na exclusão e na inclusão. Estes fatores vão desencadear vários problemas de ordem sociológica.

O racismo e o pré-conceito estão transvertidos em várias práticas, e para combater este male devemos reinterpretar os pontos constitucionais e qual os mecanismos e suas práticas.

A um pensamento filosófico que diz que, as maiores tragédias da humanidade foram também o motor motivador para elaboração de várias medidas para proteção da integridade humana e o progresso social, onde culminou por ex. a ONU, fundada em 1945 pós segunda guerra mundial.

Ouso pensar e deixar uma pergunta no ar, pós 13 de Maio de 1888, o que foi feito, para onde nós como país caminhamos em relação à dignidade humana e o progresso social destes que, até então tiveram o direito de serem vistos como seres humanos negados?

Ou a lei Áurea resolveu todos os problemas inclusive a dos estereótipos, do pré-conceito, da discriminação, da educação, da saúde, do emprego, do acesso, etc.

Os discursos de liberdade traduzem as desigualdades, pois ao falarmos de igualdade perceberemos fatores enormes de desigualdade, a começar pelo sentido, ser tolerante que na verdade é não querer ser igual mas sim, permitir que o outro seja igual a ele.

É muito mais fácil fingir que não se vê a necessidade de ações afirmativas, (não negando aqui a dificuldade da execução das mesmas), mas é mais fácil fingir que, como sempre está tudo bem, ou culpar os que sempre foram tidos como culpados, é lamentável ver e perceber que no imaginário racista e preconceituoso, qualquer reação do vitimado, já lhes servem de alimento ou munição para proclamar auto defesa, em nome da “lei, da ordem e da justiça”.

Propor ações afirmativas não é propor mais um meio de privilégios mas sim, equilíbrio e equidade.

Por fim amigos precisamos despertar do sono indolente e nos levantar do berço esplêndido da comodidade, de nossa zona de conforto para a realidade do; “ I Have a Dream: Que um dia nossa nação se porá de pé e viverá o verdadeiro significado de sua crença, que todos os homens foram criados iguais. Eu tenho um sonho, e nele as pessoas viverão em uma nação em que não serão julgados pela cor da sua pele mas sim pela essência de seus caráteres.” (trecho do discurso do Pr. Martin Luther King).

Mas não basta sonhar é preciso agir, se pensar é existir como propõe o filósofo René Descartes, passemos do sonha a existência.

É possível sim por em prática o que muitos vêem com utopia, a proposta do filósofo John Raws – de uma Justiça com Equidade e uma sociedade bem ordenada.

A proposta é repensar o exercício da cidadania, não como meros valores e regras capitalistas.

É não tratar o próximo, minha imagem e semelhança com apenas um ser.

É querer e desejar ao outro o mesmo valor de vida que eu tenho e desejo para mim.