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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

BAHIA: CRIMES EM EVIDÊNCIA - “NOVO CANGAÇO PARTE II”


 


Autora: Tatiana Bontay
Graduada em Marketing
Pós-Graduada em Jornalismo Digital
Especialização em Orientação Acadêmica
Especialização em Teologia
Moderadora do Blog "Cidade em noticias e falo de amor quase sempre"
 
 

Como havia dito no post anterior, nossa querida Bahia é a campeã de assaltos a bancos no nordeste, mas outra modalidade tem surtido muito efeito nessa categoria de crimes, são as explosões a caixas eletrônicos.
 
Uma onda de explosões a caixas eletrônicos parecem ter tomado conta do Brasil, em especial da Bahia, denominados de o Novo Cangaço ou Cangaço Moderno por alguns, as quadrilhas estouram caixas praticamente todos os dias.
Segundo informações dos órgãos responsáveis pela Segurança Publica da Bahia já foram em media 193 assaltos a bancos em 2013, sendo que destas 70% foram explosões a caixas eletrônicos no interior do estado, em algumas cidades os bandidos chegam a estourar caixas de vários bancos, sempre agindo de madrugada e utilizando dinamites.
 
Quando mencionamos que esses são dados de 2013 imaginamos que isso ficou no passado e que 2014 será diferente, e pelo vista será sim, quebraremos o nosso recorde novamente, basta analisar a ação cinematográfica que aconteceu no interior do estado no dia 15 de janeiro, quando as agencias das cidades de Capela do Alto Alegre, Várzea do Poço, Quixabeira e Ibiquera tiveram seus caixas eletrônicos explodidos quase que simultaneamente, ações que ocorreram entre as 1h30 e 3h30.
As quadrilhas atacam sempre em uma quantidade razoável de 6 a 9 integrantes, fogem pelas estradas da Bahia sem deixar pistas.
Assim como em estados como São Paulo, na Bahia os bandidos chegam a assaltar mineradoras para conseguirem munição para serem usadas nos ataques. Na Cidade de Cansanção a policia chegou a efetuar apreensão de varias dinamites, já o individuo que as transportavam fugiu pela caatinga sem deixar rastros obviamente.
Nesse exato momento acabo de saber que Caixas eletrônicos foram explodidos em mais duas cidades baianas Boquira e Porto Seguro e por incrível que pareça os bandidos conseguiram fugir. E com certeza quanto esse artigo for postado outros mais terão sido atacados, pois essa é a nova cara da Bahia com a chegada do “Novo Cangaço”
 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Penso, Logo Existo! - Planejamento Estratégico, é necessário?


Autor: Carlos Eduardo Ribeiro da Costa
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo


Muito se fala em Planejamento Estratégico em nossa instituição, mas fico me perguntando: "Será que as pessoas sabem e compreendem o sentido destas duas palavras?".

Não vou entrar aqui se nossa instituição aplica de forma correta este conceito e muito menos querer explanar de forma a elucidar o que é isto.

Ora, se não vai fazer nem um nem outro então para que ler este artigo?

Não cabe a mim falar sobre aplicação do conceito em nossa instituição primeiro por uma  questão legal, não sou autorizado a  isto e segundo por  que não sou um "expert" no assunto.

Mas concordamos que o tema é recorrente, vira e  mexe ouvimos algo ligado a isto e muitos torcem o nariz, alegam que a burocracia emperra a operacionalidade. Mas se observarmos as instituições, desde as privadas até as públicas, das pequenas as grandes, veremos que grande parte delas aplicam isto e já não é de hoje. As Forças Armadas investem pesado na formação de grupos  especializados na solução de problemas específicos (tropas de elite), e ao invés de gastar um número gigantesco de recursos sem ter a certeza se  a solução será a contento enviam um grupo especializado com uma grande chance de sucesso, existe todo um aparato por trás disto, um serviço de inteligência, informações trocadas, estatísticas, mapas, investimento em capacitação, materiais, tecnologias, tudo para o sucesso da  operação da melhor forma possível, com o menor número de baixas possíveis (o ideal é nenhuma).

As empresas há muito tempo aprenderam que precisam direcionar seus  recursos  para atingir da melhor forma seus objetivos, que na prática se resume a lucro,  capacidade de crescimento, se manter no mercado, possibilidade de novos lançamentos mantendo os clientes e por ai se vai... tudo isto  tem uma estratégia de anos e anos até atingir um objetivo e depois vem outras estratégias para continuar ou melhorar cada vez mais, pois  chegar ao topo  é relativamente fácil quando se comparado ao trabalho em  se manter no topo.  Como casos de sucesso podemos citar algumas empresas mundialmente conhecidas como Microsoft, Samsung, Aple, Volkswagem e etc...

Se pararmos para pensar, veremos que muito do que compramos é de certa forma supérfluo, e compramos mais por um apelo da moda ou mídia  do que simples necessidade... vemos que o avanço de uma tecnologia muitas vezes nos leva a  aquisição de um material sem nem mesmo saber para que queremos ou usaremos aquele bem adquirido. Isto é fruto de um trabalho de marketing continuado que nos  embute a idéia de que precisamos daquilo  para algo, e muitas  das vezes isto não é verdade.

Mas como as  empresas fazem isto? Como elas nos  vendem algo que não precisamos muitas?  Como pode isto?

Isto é marketing, mas por trás disto está o planejamento da empresa, o uso de estratégia, saber quais os gostos e como devem e  o que devem fazer para manter a população gastando sempre, mantendo empregos e lucros sempre.

Isto em se tratando de empresas privadas que visam o lucro, mas nossa GCM é uma empresa pública e não visa lucro, então do que  serve um planejamento?

De uma forma bem resumida, podemos definir planejamento como: "Um processo desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e  efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa".

Vimos que temos duas palavras bem parecidas (eficiência e eficácia) mas que significam coisas bem diferentes:

Eficiência: trata de como fazer e  não do que fazer, de fazer certo e não fazer a coisa certa. Quando se fala em eficiência, fala-se de produtividade, ou seja, fazer mais com menos.

Eficácia: trata do que fazer, de fazer a coisa certa, de como fazer, qual o caminho. Depois  de escolhida  a forma, fazer de forma produtiva. A eficácia leva a eficiência.

No mundo de hoje onde temos falta de recursos e abundância de problemas, saber usar da melhor forma os recursos existentes para maximizar os resultados deixou de ser uma  alternativa e passou a  ser uma obrigação para todos os gestores.

No caso das organizações de segurança pública (nisto incluo as  Guardas Municipais) que sofrem com a falta de investimento, com o descaso do poder público, com a falta de apoio da população, com o constante crescimento nos "indicadores" criminais, com um sistema legal  fraco e  corrupto, com um sistema prisional que é uma piada (de mau gosto), com baixos salários e etc, saber utilizar os conceitos de Planejamento Estratégico é vital para maximizar sempre os resultados e saber onde e  quando aplicar os parcos recursos de forma a obter sempre melhores resultados.

Se uma região tem um alto índice de roubo de veículos, vamos aumentar o  número de rondas naqueles locais visando a prisão destes meliantes e baixar estes índices, isto é um exemplo de uso planejado dos recursos, onde e quando usar e com objetivo.

Quais escolas são mais problemáticas? O que elas tem em comum? O que as leva a serem desta forma? O que pode ser feito na parte da segurança para amainar este tipo de problema? Quais os piores horários? Quais ações neste tipo problema deram melhores resultados em outros locais?

Estas e outras questões devem ser levantadas para chegar a um consenso de como agir, e não fazer as coisas de forma desordenada e no escuro.

É claro que todas as  decisões tomadas se baseiam em uma série de estudos e informações, nada deve ser aleatório e não é apenas o que um "acha", esse tempo de amadorismo está no fim e para sucesso de ações deve haver participação de todos. O tempo da truculência também acabou.

Mas como saber onde e como aplicar os recursos? Como saber exatamente quais recursos possuo e o que posso fazer com eles? Quais são minhas demandas? O que consigo fazer hoje? Usando o que tenho hoje, como faço para aumentar minha "produção"?  O que preciso hoje para atender toda a minha demanda? Daqui a X tempo usando como exemplo o hoje, como será minha demanda? Quanto de recurso humano e material terei que ter para atender a esta demanda? Onde preciso investir? Quanto preciso investir? Qual a melhor forma de investir?

Estas e muitas outras questões fazem parte dos setores envolvidos na gestão e planejamento de uma organização. E você me pergunta: "Nossa, e como eles fazem para responder a estas perguntas?".

Além de pessoas das mais diversas áreas e órgãos envolvidos, temos também o uso de ferramentas de auxílio na gestão. Aqui entra uma arma muito poderosa utilizada a milênios pelos homens, a Informação, mas isto é assunto  para um próximo artigo quem sabe, e caso ELE me permita fazer algo neste sentido, irei tentar mostrar nele como que o trabalho de todos é importante para atingir um objetivo comum, e quando cito todos é todos de verdade!

Não sei se consegui atingir o objetivo desejado deste artigo que nada mais é demonstrar que Planejamento Estratégico não é uma assunto novo, que nós em nossas vidas muitas vezes fazemos um, que as empresas independente  de sua natureza precisam aplicar este conceito.

Findo aqui este pequeno artigo, espero que gostem, é claro que gostar e concordar é diferente, peço que discutam isto entre colegas, deixo aqui o convite para opiniões e troca de idéias sobre o explanado, agradeço imensamente a todos que tiveram a paciência em me aturar nestas linhas e ao administrador do blog que abre este canal de comunicação.

Que o GRANDE CRIADOR sempre olhe por nós e nos dê força e sabedoria para conseguirmos vencer as dificuldades dadas pela vida.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Violência - ONG Segurança dá Vida - Alerta!!!!


Presidente da ONG SOS Segurança da Vida
Autor do livro Guardas Municipais A Revolução na Segurança Pública
Idealizador do portal www.guardasmunicipais.com.br







Com as diversas situações de violência ocorrendo pelo Brasil, diante da complexidade dos crimes bárbaros que atingiu índices inaceitáveis no país. A grande dificuldade que o poder público está tendo em apresentar propostas concretas e eficientes na minimização destes problemas e por um fim neste mal que assola toda a população brasileira do Chuí ao Caburaí. Mais uma vez me atrevo a escrever este artigo.
 
Vários são os especialistas que escrevem sobre o assunto, alguns usam de seus conhecimentos para culpar alguém, mas falta objetividade e ousadia para apontar soluções, generalizam as causas de forma genérica, definindo como responsáveis pelo atual momento, a condição econômica, a desigualdade social, a policia ineficiente, desinteresse da sociedade pelo assunto e falta de empenho dos órgãos governamentais.
 
São razões que também compactuo, porém vejo a necessidade de, neste momento, responsabilizar e identificar estas causas de forma mais objetiva.  
 
Como não sou economista e nem sociólogo, vou direcionar este artigo no tocante a SEGURANÇA PÚBLICA.
 
O que me faz lembrar, que em 2013, bateu todos os recordes da violência, nos faz recordar verdadeiras comparações com as ultimas guerras, dizimando milhares de pessoas. Este levantamento, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado NE revista Veja, recentemente, envergonhando o país diante do mundo. Estatísticas como a do quadro abaixo, permitindo que qualquer leigo note a falta de controle dos órgãos públicos sobre os assuntos pertinentes a segurança pública.
 
 
 
Atualmente a violência na capital paulista é um exagero, quando a Guarda Civil Metropolitana contava com um grande efetivo, considerado suficiente para a época, nos meados dos anos 90, os patamares das taxas de criminalidade eram mantidos e muitas vezes até caíram. Mas após a passagem desastrosa dos governos Serra e Kassab, com a entrega do comando da maior Guarda Municipal do Brasil aos coronéis PMs, estes por sua vez, impediram e até tentaram acabar com a instituição, retirando o foco totalmente dos serviços, proibindo cuidar da população paulista, retirando o policiamento das escolas e direcionando para a perseguição ao comercio ambulante, (camelos), impossibilitando, inclusive, concursos públicos para novos Guardas Civis Metropolitanos, ficando mais de 9 anos sem novas contratações.
 
Se o processo de crescimento da GCM de São Paulo, não tivesse sido interrompido tão bruscamente, hoje os serviços com o novo comando, de carreira, teriam mais possibilidade de apresentar resultados positivos nesta estatística desastrosa. Com este efetivo atual, milagres serão necessários para mostrar o que realmente a GCM de São Paulo pode proporcionar aos paulistanos na segurança pública. Com absoluta certeza, digo que jamais a escalada constante da criminalidade avançaria 5%, só no quesito homicídios, no primeiro semestre de 2013, se a Guarda Civil Metropolitana não tivesse sido tão sucateada e desmotivada ao ponto de não poder avançar nos serviços preventivos na segurança pública.
 
Quando iniciei a missão de expandir as Guardas Municipais, pelo estado de São Paulo e por todo o Brasil, defendia junto aos prefeitos e vereadores do interior de todos os estado brasileiros, a real necessidade, de criar e implantar Guarda Municipal, com serviços direcionados a segurança pública, tendo como prioridade a ferramenta principal, a prevenção à criminalidade. Demonstrava, já, nos meados dos anos 80 e 90, que os municípios ao redor das capitais necessitavam de um serviço específico neste segmento para evitar o crescimento e a migração da violência nas cidades interioranas.
 
Os jovens são os que mais têm sofrido com o numero de assassinatos nestes municípios menores, considerando que nas capitais houve mais investimentos, não o suficiente, mas houve investimentos de políticas públicas na segurança pública, obrigando a violência migrarem para o interior.
 
O incrível crescimento da violência, assustando até especialistas e estudiosos, apontando marcas de crescimento por volta 32%, nos últimos 15 anos, divulgado pelo IBGE, apresentando a espantosa taxa de 25, 8 homicídios a cada 100.000 habitantes. Nos países onde contam com uma policia local esta taxa é de no máximo 6 e onde está a Guarda Municipal no Brasil? Que pode ser esta ferramenta de contenção da criminalidade no Brasil.
 
No ano de 2013, realizamos na cidade de Chapadinha, no estado do Maranhão, a I Marcha Azul Marinho, que levou milhares de jovens às ruas, porém ainda não foi suficiente para acordar as autoridades sobre a necessidade prioritária de investimento nas Guardas Municipais no Maranhão e no Brasil, para evitar o assombroso crescimento da violência, que chegou ao incrível patamar da taxa de 240%, sendo, lamentavelmente, o estado recordista em violência da nação brasileira.
 
E aproveitando o ensejo, já que estamos falando de violência no estado do Maranhão, vou tratar agora da grande polêmica do presídio de Pedrinhas. Esta situação é a resposta e o retrato que os nossos governantes nunca deram ouvidos ao clamor da sociedade, ao clamor das pessoas que denunciam, das pessoas que reclamam e clamam por segurança, das pessoas que propõe inovações e etc.
 
O caso do presídio de Pedrinhas, infelizmente é comparado com o nosso apelo ao Congresso Nacional em relação à aprovação das leis que poderão proporcionar mais segurança ao povo brasileiro, leis que favorecerão as Guardas Municipais no contexto da regulamentação, leis como o PL 1332, desde 2003 e do PEC 534, do ano de 2002. Será que a violência no Brasil precisa aumentar mais ainda, para que permitam as Guardas Municipais cuidarem da sociedade brasileira? Uma vez que as policias atuais não dão conta da situação!
 
Há anos atrás, já havia várias reclamações sobre estupros e violências cometidas no presídio de Pedrinhas, mas as autoridades responsáveis ignoraram os apelos oriundos de ONGs e outros órgãos. Ignoraram até que a violência chegou a este patamar de envergonhar todo o país diante do mundo. Muitas vezes, se ouvissem o clamor do povo e se providências fossem tomadas, teriam conseguido mudar o rumo das conseqüências no presídio de Pedrinhas. Poderiam evitar vários aborrecimentos administrativos, políticos e principalmente emocionais, pois estamos lidando com seres humanos, cidadãos e cidadãs que tem seus direitos expressos e garantidos pelo Art. , da CF, que devem ser respeitados por todos. Direitos estes que precisam ser respeitados principalmente nas casas de leis, câmaras de vereadores, assembléias legislativa estadual e federal e inclusive pelo Senado Federal.
 
O episódio de Pedrinhas é apenas a ponta do iceberg, do caos que existe no sistema presidiário brasileiro, que há muito tempo especialistas vem tratando do assunto e levando às autoridades a urgência da necessidade de políticas públicas neste segmento, mas infelizmente o poder público ainda não tomou as providências necessárias e cabíveis ao caso, que com certeza absoluta também envolve a melhoria da segurança pública. Resumindo, o caso do presídio de Pedrinhas no estado do Maranhão é o retrato original do grande descaso do poder público ás causas social que devem ter prioridade na politica brasileira.
 
Em relação às questões de terceirização de serviços públicos no Brasil, enquanto o poder público não tomar sérias providências em relação à corrupção, não há como terceirizar o sistema. Os gastos apresentados no sistema carcerário de Pedrinhas são altos e carece de uma auditoria profunda para apontamentos futuras falhas que provocaram ineficiência desastrosa, propiciando aumento da violência no Maranhão.
 
E, se tratando do aumento da violência, vem à tona, a necessidade de escrever sobre algumas ações ocorridas nos últimos dias, entre estas, temos um novo movimento, conhecido por todos como o “Rolezinho” e a volta das “Manifestações”.
 
O Rolezinho, que teve início na região leste da periferia paulistana, zona leste, em meados de dezembro, é evento marcado por jovens famosos pela internet, que marcam os encontros utilizando das redes sociais. Anteriormente, receberam o nome de “Encontros de fãs”, hoje os Rolezinhos acontecem na maioria das vezes em Shoppings Center, infelizmente, muitas vezes causam extravagâncias, roubos, furtos e agressões. Alguns especialistas em segurança, sociólogos e psicólogos estão tratando os Rolezinhos como movimentos de jovens que sofrem discriminações raciais e econômicas ou de outros tipos, o que em minha opinião tira o foco do movimento. O Rolezinho não passa de uma moda, de um momento, como foi o movimento Hippie, porém com uma nova, rápida e empreendedora ajuda que é a internet.
 
Já o caso da diferenciação da relação dos movimentos, o hippie era mais pacífico e o Rolezinho causa às vezes alguns desastres, é o momento que o país passa em relação às impunidades políticas, os gastos abusivos pelos governos e a falta de investimentos sociais em serviços essenciais, além da maneira que órgãos públicos, subestimam o próprio povo.
 
Já nas questões de segurança pública, o sistema está necessitando de atualizar-se urgentemente, de forma inteligente necessitam apresentar propostas para evitar o confronto, avançar nas negociações e controlar os excessos. Na época do movimento Hippie a mesma situação ocorria e grandes confrontos se deram com as policias da época. Estes movimentos, que acontecem de tempos em tempos, são as respostas do povo através de atitudes contra cultura estabelecida.
 
As manifestações que neste inicio de ano reiniciaram a todo vapor é a resposta do povo contra ações do governo que muitas vezes subestimam o povo que cansado de ver a ausência do poder público nas ações de primeira necessidade, como segurança, saúde e educação, acabam indo as ruas protestar na esperança de mudanças, se o país não investe nestas ações, como pode gastar tanto dinheiro com a copa do mundo?
 
Com certeza, a situação vai piorar e muito, se não mudarem todo o sistema, principalmente referente à segurança pública, aprovando as leis necessárias para progressão das instituições policias, incluo aí, obviamente as Guardas Municipais, com vencimentos compatíveis, para evitar a corrupção e estimular estes agentes a buscarem através da inteligência, respostas urgentes para a defesa do povo brasileiro na construção da paz.
 
Finalizando, já que tocamos nas questões de segurança pública, o Brasil passou da hora de ousar e pensar em uma policia municipal, a Guarda Municipal, uma policia que age na raiz do problema, originalmente e naturalmente preventiva. É uma instituição de fácil gestão, economicamente importante, comparando com as despesas negativas do impacto na economia com a violência, principalmente, quando nesta guerra maldita, perdemos nossos jovens assassinados.
 
 
É o município que auxilia os governos estaduais na manutenção das policias, deveriam usar estes recursos na Guarda Municipal, uma vez que o retorno é automático, através dos serviços essenciais prestados aos moradores locais. Estes moradores são contribuintes e eleitores, nas ruas da cidade encontram com os vereadores e prefeitos e cobram segurança. Somente através de uma policia local poderemos controlar a grande onda de violência no país, porque esta policia pertence à cidade e compreende as dificuldades da comunidade.
 
O que hoje assistimos pela TV nas manifestações contra o sistema policial são anos e anos de repressão e de ressentimentos negativos guardados pela sociedade contra uma policia da época da ditadura militar que sempre maltratou seu povo, por isso parecem ter prazer em provocar confrontos violentos.
 
Julio Jacobo Waiselfisz, autor do Mapa da violência, um estudo que detalha a criminalidade e a violência nos municípios, esclarece e afirma ao governo federal que os municípios devem fazer parte do sistema no combate à violência, sugeri investir nos municípios, porque os problemas são regionais.
 
O renomado Sociólogo e Professor Claudio Beato, defende que o Brasil necessita ter uma nova policia. Deixa claro que a policia é extremamente corporativa, são apegadas a orientações bacharelescas ou militarizadas.
 
Diante do exposto conclamo aos lideres de todo e qualquer tipo de movimento pacífico que nos ajude na construção deste novo e moderno sistema de segurança pública municipal, em nome de um país denominado Brasil, um gigante que acordou para permitir que um povo sofrido venha respirar, que ainda acredita em Deus, na família e na paz social.
 
 
Referências:








http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/violencia-atinge-jovens-e-se-espalha-pelo-interior-do-brasil

 
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/casos-de-latrocinio-aumentam-37-na-capital-paulista-no-primeiro-semestrehttp://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1397831-rolezinhos-surgiram-com-jovens-da-periferia-e-seus-fas.shtml

http://osmunicipais.blogspot.com.br/2014/01/rolezinhos-mais-uma-moda-brasileira_22.html

domingo, 26 de janeiro de 2014

Da Redação - Cracolândia, Já vimos esse filme...


Autor: Wagner Pereira
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana
Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco
Pós-graduado em Direito Administrativo pela Escola de Contas do TCM-SP

Na última quinta-feira a história se repete na Cracolândia, quando a ação de Polícia Civil sofre duras criticas por partes dos órgãos públicos e da mídia em Geral, porém a problemática é profunda e não cabe se confundir a ação social em prol dos usuários e o combate ao tráfico de drogas.

A Cracolândia está localizada no Bairro da Santa Ifigênia, na Capital Paulista, e possui um histórico de degradação de décadas, conhecida por muitos anos como Boca do Lixo, com a chegada do Crack recebeu seu batismo por abrigar inúmeros usuários, que pelos efeitos da droga se tornaram verdadeiros zumbis,  praticando vários tipos de crimes que são constantemente romantizados por idealistas e sociólogos transformando o problema   tão somente numa questão social, mas ao mesmo tempo são extremamente contraditórios ao levantar a bandeira da descriminalização da maconha, porém se esquecendo do crime, pois a droga é comercializada por pequenos traficantes que tem acesso ao produto pelo grande traficante.

Coincidentemente, a ação do Governo Estadual ocorre em um ano político, em fevereiro de 2010 foi a mesma coisa, enquanto o ministério publico classificava a programa de Proteção a Pessoa em Situação de Risco da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, Coordenado e Executado pela Guarda Civil Metropolitana como política higienista, por eventuais abusos no direito do cidadão usuário de crack,  mas que tinha como fundamento trazer assistência a essas pessoas, a Polícia Civil promoveu uma operação no local detento vários portadores de drogas e conduzindo os restantes a rede publica de saúde e assistência social, ou seja, demonstrando a fragilidade da rede, pois não havia atendimento para a demanda, bem como, acomodação nos distritos para os eventuais indiciados, abordamos o tema no artigo “Pessoa em Situação de Risco”, publicado em Os Municipais.

Os órgãos públicos não se entendem no âmbito de suas competências, pois quando o Prefeito questiona que não foi avisado da operação realizada pela Polícia Civil sinaliza a ausência de políticas  públicas entre município e estado para a assistência aos usuários e combate aos traficantes de drogas na Região da Cracolândia.

O projeto Braços Aberto da Prefeitura tem sido alvo de elogios por parte da mídia e de alguns especialistas em saúde, sendo considerado humanitário, ao inserir os usuários de drogas na zeladoria municipal, permitindo que trabalhem 4 (quatros) horas na varrição das ruas da Cidade, com remuneração de R 15,00 (quinze reais), entretanto foi noticia na mídia que este valor aumentou o consumo e o valor da droga na região, demonstrando que não há fornecimento de tratamento médico aos participantes. Por outro lado, também foi noticiado na mídia que o não pagamento de propina dos traficantes aos Policiais Civis foi o real motivo da operação.   

Entre a prestação de assistência social ou combate ao crime, acredito que os esforços devam ser priorizados para este último, pois assim conseguiríamos conter o avanço e o ingresso de novos usuários, mas nada disso terá efeito se não ocorrer o resgate da família, em repensarmos nosso contrato social e discutirmos profundamente de forma democrática do que deve ser permitido, através de forte participação popular  utilizando os instrumentos de consulta constitucionais como plebiscito ou referendo, pois não podemos continuar permitindo que temas tão profundos como pena de morte, maioridade penal, aborto, descriminalização das drogas, voto secreto, serviço militar e voto obrigatório, reeleição, unificação do calendário político, possam estar restritos aos parlamentos, quando prevalecem os interesses políticos, portanto questões pontuais de interesse público deveriam ser tratados no momento da eleição dos representantes do povo, que teriam a missão de regulamentar a vontade da maioria.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Opinião! - “Rolezinhos” ... mais uma moda “à brasileira”.


Maria de Lourdes Moreira
Editora Chefe  

O Bairro de Itaquera em São Paulo, que será mundialmente conhecido daqui alguns meses, com a abertura da Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá em 12 de junho, foi palco de mais uma das chamadas “manifestações culturais” criadas por este País.

Em 07 de dezembro de 2013, cerca de 6 (seis) mil jovens, na idade compreendida entre 14 e 17 anos, marcaram um encontro pela rede social Facebook no Estacionamento do Shopping Metrô Itaquera, para ouvir o tal do chamado “funk ostentação”, ritmo que cultua o consumismo a roupas de grife. Os seguranças do restabelecimento tentaram dispersar os jovens, que por sua vez adentraram ao centro comercial, causando confusão e tumulto entre os clientes e lojistas que se assustaram.

Depois desse episódio, a idéia de “Rolezinho” se espalhou por diversos locais, tendo encontros marcados pelas redes sociais nas cidades de Bauru, Sorocaba, Ribeirão Preto, Brasília, Rio de Janeiro e João Pessoa, por exemplo. Virou um fenômeno da mídia, que publicam diariamente os passos do dito “movimento” pelos cantos do Brasil, o que vem se tornando um verdadeiro circo, com adolescentes virando celebridades, estampando capas de renomadas revistas inclusive.

Até a Imprensa Internacional já comenta sobre os “Rolezinhos”, ou “Little Strolls”, jornais como o El País e o New York Times associam o fato a falta de espaço público, o funk ostentação e a violência policial, reforçados por entrevistas de intelectuais brasileiros que ligam o ”Rolezinho” à repressão, as desigualdades sociais e ao racismo. O New York Times, um dos jornais mais respeitados do mundo, publicou o artigo “De quem é este Shopping” da escritora Vanessa Bárbara no qual ela diz em um dos trechos: “tudo isso porque os jovens querem (como eles escreveram no Facebook): “subir e descer a escada rolante”, “apertar todos os botões do elevador”, “entrar no cinema pela porta de saída”, “vamos aparecer no shopping amanhã porque a gente não tem nada pra fazer””...

A pergunta que faço: isso é movimento cultural? Isso é educação? Somos obrigados a aturar isso? ... Eis ai o futuro da Nação, e o Brasil por sua vez, sendo destaque de novo pelas inutilidades que produz.

Os organizadores e seus participantes, vem constantemente sendo expostos como ícones ou heróis (como preferirem), pela mídia e seus seguidores sociais. O “Rolezinho” é mais um fenômeno das mídias sociais que vem a cada dia arrastando milhares de jovens para a super-exposição, pois, nestas redes sociais quem tem mais seguidores são considerados celebridades virtuais e se tornam ídolos em seus bairros, fazem barbaridades para conseguir essa “fama instantânea”. Tive o desprazer de ver em uma mídia social faz poucos dias, meninas (digo meninas mesmo, literalmente) se expondo em trajes íntimos para conquistar mais seguidores, lamentável. Voltando a questão do famoso “Rolezinho”, eles marcam essas “reuniões” nos Shoppings, pelas redes sociais e confirmam a presença de um desses “ídolos” (que sabe-se lá o que fizeram para conquistar essa “fama”) e seus “cultos” seguidores comparecem para ficar mais perto das ditas “celebridades” !

O fato é que a guerra se instalou, de um lado os que se dizem intelectuais, sociólogos, antropólogos, politiqueiros, (já li tanta entrevista que até me perco nas nomenclaturas)  acham o fenômeno, natural/cultural , querem transformar o “Rolezinho” em fenômeno ideológico em que existe perseguição contra negros e pobres. Segundo a Ministra da Igualdade Racial Luíza Bairros, os jovens que participam dos “Rolezinhos” em Shoppings são vítimas de “discriminação racial explícita”, já o Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho “Os shoppings estão promovendo discriminação social ao proibir a entrada dos jovens da periferia”.

Por outro lado estão os donos dos estabelecimentos comerciais que estão protegendo seu patrimônio (nada mais natural, o que você faria se invadissem sua casa num “rolezinho”??) e a segurança de seus clientes e funcionários, que também são cidadãos, e tem o direito de dar seu “rolê” sem essa turba juvenil premeditada. Vários Shoppings em São Paulo conseguiram liminares impedindo a entrada de jovens com intuito desse tipo de encontro. Na decisão que favorece os dois Shoppings da região do Tatuapé em São Paulo, o juiz Luís Fernando Nardelli, da 3 Vara Cível, afirma que: “é cediço que a liberdade de expressão prevista na Constituição não abarca a violência, tampouco prejuízo aos usuários e aos outros lojistas. É de rigor estabelecer o limite e impedir a aglomeração de pessoas cujo objetivo precípuo é a realização de tumulto e vandalismo”.

Existe um terceiro “lado” (se é que pode se falar assim), nessa conversa toda, a Policia. Chega a ser cômico a crítica que se faz quando a batizada “manifestação cultural” vira baderna/tumulto/arrastão/furto/roubo, e é necessário a intervenção policial (que por sua função deve manter a ordem) para garantia da integridade física e do direito de ir e vir dos demais frequentadores, lá está a mídia ou os doutos que citei acima, criando desculpas, ideologias, modas, celebridades, e o alvo?, a força policial é claro (existem vários problemas na segurança pública, não estou esquecendo, mas o assunto aqui é outro), a crítica nunca é dirigida aos que tumultuam, aos que tentam forçar a entrada em bandos nos estabelecimentos para assustar os que lá estão (sejam eles brancos, negros, idosos, crianças, pobres, ricos), a crítica é sempre a reação policial, como seria se a policia não intervisse na “brincadeira”, e cerca de seis mil “jovenzinhos” resolvessem invadir um shopping, tumultuando, saqueando, badernando, como será que reagiriam ? Criticariam a omissão, resposta óbvia !

Em algumas entrevistas, o público jovem justifica não ter espaço para manifestações, diversão... será que o espaço cultural que querem é para fazer “pancadão” e “curtir” aquelas canções suaves que depreciam as mulheres, cheias de letras com teor sexual apelativo e apologias a drogas e bebidas? Cadê a manifestação desses jovens por uma educação de qualidade, empregos, isso ninguém quer né?

A mobilização dos jovens e os transtornos causados nos permite reforçar o debate sobre a reformulação do Estatuto da Criança e do Adolescente e da redução da maioridade penal, pois “rolezinho”, não pode ser encarado como brincadeira de criança.

A realidade que toda essa história é que antes desses “Rolezinhos” não se ouvia falar em proibição de entrada de pobres ou negros em qualquer shopping, ou seja, é mais um fenômeno, este do verão, como os black blocs foram do inverno ... meu Deus... nem quero pensar na primavera ou no outono. Quem sabe eles marcam um “Rolezinho” nas dependências do Congresso Nacional em Brasília?

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Penso, Logo Existo! - Aposentadoria, a saga continua.

Autor: Carlos Eduardo Ribeiro da Costa 
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

O assunto Aposentadoria Especial e Plano de Carreira não saem de pauta, e várias especulações sobre estes assuntos são geradas quase que diariamente.

Não irei entrar no assunto Plano de Carreira, mesmo porque ele não existe na prática, tudo é muito hipotético e superficial, portanto vamos aguardar os acontecimentos e depois se for o caso, darei minha opinião.

Já o assunto Aposentadoria Especial, este sim é um fato novo, que existe de fato, merece todo o investimento no conhecimento das regras mais importantes.

Desde que a emenda nº 36 da LOM (Lei Orgânica do Município) que modifica o Artigo 88 da mesma Lei foi aprovada e publicada no DOC (Diário Oficial da Cidade de São Paulo) de 20/12/2013, vários colegas estão fazendo planos para a aposentadoria, pois muitos irão se aposentar em breve ou já possuem o tempo e estão aguardando algo.

Ouço vários comentários sobre a Aposentadoria do que pode e não pode, um contradizendo o outro, cada um mais especialista que o outro, e cá entre nós é uma matéria que dá o que falar, pois mexe com a vida e o bolso do ser humano.

Eu me preocupo com isto e muito, pois aprendi a viver bem, sou um cara que gosto de comer bem, não ligo muito em estar na moda, mantenho meu peso dentro de um padrão mais ou menos ideal, gosto de coisas possíveis e básicas e pretendo quando me aposentar poder levar este padrão, e como dito no artigo anterior a este, se optar pela Especial faltam apenas 5 anos. Diante disto, tomei a liberdade de fazer contato no DTRH e procurei a Dona SILVIA, que é a encarregada do setor que cuida de Aposentadorias e a mesma me recebeu muito bem e deixo aqui meu mais sincero agradecimento à mesma, e elucidou as principais duvidas que eu tinha, de forma clara e rápida, sem rodeios nem “pode ser” ou “veja bem”.

Então vamos ao conteúdo da conversa, fiz a ela as perguntas:

Quando me aposento deixo de pagar IPREM?

Sim, o aposentado não paga IPREM desde que os seus vencimentos sejam abaixo do teto da PMSP, que hoje está em R$4.159,00.

Se os vencimentos forem superiores a isto, ele contribuirá com o IPREM em 11% do que superar o valor do teto, exemplo:

Supondo que o servidor se aposenta e os seus vencimentos de aposentado são R$6.000, ele irá pagar 11% sobre o que exceder do teto, logo a conta seria:

(R$6.000 – R$4.159)*11= R$202,51;

Ou seja, o aposentado contribuirá com R$202,51 (duzentos e dois reais e cinqüenta e um centavos) de contribuição.

Se o salário for menor ou igual ao teto, não contribuirá com nada.

 
O Abono de Permanência me acompanha na aposentadoria?

Não, o abono de permanência é um “prêmio” ao servidor que se encontra em condições de se aposentar (na regra normal, não na Especial) e opta por continuar trabalhando. Logo, quando ele se aposenta e caso ele receba o Abono de Permanência, deixará de receber o valor deste,  e se o seu salário for superior ao teto ainda pagará o IPREM sobre o excedente.

Usando o exemplo anterior, se o servidor enquanto na ativa recebia o Abono de Permanência, ao se aposentar além de não receber mais o referido abono, ainda terá uma despesa de R$202,51 com contribuição previdenciária.

 
No caso da Aposentadoria Especial, se ocorrer o “Plano de Carreira” e eu for promovido e assim que tomar posse ou um curto período após a posse eu me aposentar eu levarei o cargo na integralidade?

O servidor levará a integralidade no caso das atribuições dos cargos serem compatíveis (é o caso de GCM’s e CD’s), mas se o servidor for promovido a Inspetor ou Sub-Inspetor (era GCM ou CD) só levará o valor do cargo integralmente se ele permanecer 60 meses (cinco anos) no mesmo, senão irá levar apenas o tempo proporcional que permaneceu no cargo, por exemplo:

Supondo que eu, Classe Distinta fosse promovido a Inspetor, para que eu levar o padrão de Inspetor na aposentadoria terei que ficar cinco anos na ativa, caso contrario, só levarei o proporcional do tempo que fiquei. Não entrarei no mérito do cálculo tendo em vista que para apuração do mesmo a base de cálculo pela média de percepção do vencimento X contribuição do IPREM, utilizando-se o fator de reajuste para a média, e isto foge inteiramente do assunto(como é feito o cálculo).

Exemplo: GDA (Gratificação de Difícil Acesso) valor de contribuição = Cr$ 158,30 / Cont. IPREM = CR$ 17,41 + percentual reajuste no mês pela Tabela FIPE, dessa forma o cálculo para incorporação da diferença de cargos, só poderá ser consolidado na ocasião em que se dará a aposentadoria, uma vez que os percentuais a serem aplicados de maneira geral são muito variáveis.  

Logo, caso eu me aposentasse nas condições acima, o meu base teria um valor utilizando este cálculo.

Portanto senhores, se querem se aposentar e esperam o plano de carreira para um cargo a mais, procurem saber se poderão levar este cargo em sua integralidade.

 
Quando eu me aposentar não preciso pagar Imposto de Renda (IR)?

A resposta é certeira como um direto no olho... continuará pagando o IR e pela tabela da Secretaria da Fazenda, normalmente.

Só é livre de contribuir com o IR quem sofre de moléstia grave que demanda tempo e dinheiro para tratamento (HIV, Câncer, etc), e neste caso eu prefiro contribuir com o IR.

 
Possuo o tempo para aposentar, mas daqui a seis meses recebo o meu 6º Qüinqüênio, irei levá-lo na aposentadoria, mesmo que eu requeira a mesma assim que receber o qüinqüênio?

Sim, no caso do qüinqüênio esta afirmação é verdadeira, o qüinqüênio não sofre a mesma regra que o salário base, será levado na aposentadoria de forma total.

 
Recebo V.O.P. (Valor de Ordem Pecuniária), quando me aposentar continuarei recebendo?

Sim, continuará recebendo a V.O.P. normalmente.


A minha conversa com a Dona Silvia parou por ai, mas aconselho a todos que querem se aposentar e estão na dúvida sobre o quanto receberão como aposentados entrar em contato com o referido setor do DTRH, marcar uma hora, ir até lá com o Demonstrativo de Pagamento e ouvir o que terá direito ou não e quem sabe, até mesmo fazer uma simulação de quanto receberia caso se aposentasse.

É certo que na nossa instituição existem muitas pessoas inteligentes e responsáveis, mas nada melhor do que a palavra de uma pessoa que trabalha com isto e podemos dizer ser especialista no assunto.

Bem meus irmãos, creio que estas perguntas elucidam uma parte das muitas dúvidas que alguns de nós possuímos, mas com certeza não esgota o assunto e nem tenho a pretensão que seja usada como cartilha por ninguém ou me achar dono do conhecimento, mesmo porque procurei o conhecimento em sua fonte e o estou repassando, mas já é um norte para quem possui dúvidas sobre o futuro.

Agradeço a todos e peço ao GRANDE CRIADOR que olhe por todos nós e sempre nos auxilie para que tenhamos paz, saúde e sabedoria para que caminhemos no caminho da retidão e virtude.

Fraterno abraço a todos!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Opinião! - A Lei Maria da Penha, precisamos mais

Maria de Lourdes Moreira
Editora Chefe  

A Lei nº 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha foi editada graças ao reconhecimento da omissão do Estado Brasileiro, pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, relativa a impunidade do crime contra a farmacêutica cearense Maria da Penha Fernandes, paraplégica por consequência de duas tentativas de homicídio praticada por seu marido, e que estava às vésperas de ser beneficiado com a prescrição.

A Lei completou 7 (sete) anos em 2013, sendo ainda alvo de discriminação, muitas críticas sobre sua eficácia e constitucionalidade e algumas inovações quanto a sua aplicabilidade.

Uma das polêmicas cerca o artigo 41 da referida Lei: “ Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher (grifo nosso), independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099 de 26 de setembro de 1995”.

Vejamos o exemplo de Maria Berenice Dias em seu livro “A Lei Maria da Penha na Justiça”:

[...] na mesma oportunidade, o genitor ocasiona, no âmbito doméstico, lesões leves em um filho e uma filha, além de haver dois juízos competentes, as ações seguiriam procedimentos distintos. A agressão contra o menino encontra-se sobre a égide do juizado especial, fazendo jus o agressor a todos os benefícios por o delito ser considerado de pequeno potencial ofensivo. Já a agressão contra a filha constituiria delito doméstico no âmbito da Lei Maria da Penha.  Assim, parece que a agressão contra alguém do sexo masculino é menos grave do que a cometida contra uma pessoa do sexo feminino [...]

O Supremo Tribunal Federal no Acórdão do julgamento  do HC 106.212/MS em 24/03/11, decidiu por unanimidade a constitucionalidade do artigo 41 da Lei Maria da Penha. Uma da principais teses arguidas pela inconstitucionalidade foi o Principio da Igualdade positivado em nossa Constituição Federal/88 em seu artigo 5º; os Ministros da Suprema Corte por sua vez contra argumentaram só que utilizando a mesma tese, ou seja, que o principio da Igualdade não traz a obrigatoriedade de tratar a todos exatamente da mesma forma, e sim, considerando as desigualdades, usando a “visão aristotélica de igualdade”: tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. Segundo o Ministro Marco Aurélio, relator do voto, “ o dispositivo se coaduna com o que propunha Ruy Barbosa, segundo o qual a regra de igualdade é tratar desigualmente os desiguais. Isto porque a mulher, ao sofrer a violência no lar, encontra-se em situação desigual perante o homem”. Eis aqui, uma das maiores discussões acerca da Lei Maria da Penha, sua inconstitucionalidade na questão de gênero.

É cediço salientar que a Lei foi um importante avanço para a segurança e proteção da mulher vítima de violência doméstica e familiar, pois a tradição patriarcal levou-as a serem dominadas pelo homem por muitos e longos anos, devido a cultura machista de autoritarismo, hierarquia e poder regulador, mas, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2013, o Brasil registrou entre 2009 e 2011, 16,9 mil feminicídios, crimes geralmente cometidos por parceiros ou ex parceiros das vítimas, a mortalidade no período de 2001 a 2006 foi de 5,28 para cada 100 (cem) mil mulheres, e após a promulgação da Lei no período compreendido entre 2007 a 2011 a mortalidade foi de 5,22, demonstrando que não houve significativa redução no número de mortes dessas mulheres.

Diante de tantas polêmicas e discussões, independente da questão de gênero,  é necessário que o Estado atue de forma mais efetiva nessas questões, com mecanismos eficientes para coibir e punir verdadeiramente esses agressores, em busca da proteção da família e da paz social.


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O CAMINHAR DA SEGURANÇA PÚBLICA

 
 
          A segurança pública tem sido o segundo pior problema enfrentado pela população brasileira, só perdendo para a saúde, mas quando combinada com as drogas, que aparecem em terceiro lugar na lista das mazelas nacionais, assume a dianteira. A falta de segurança tem alterado o comportamento das pessoas, o medo de ser uma vítima tem contribuído para o crescimento da segurança privada, ou seja a cada vez que a criminalidade avança e o estado não dá conta, a segurança privada aumentando o faturamento. Segurança eletrônica, armada, blindagens, rastreadores e inúmeras outras soluções tem sido ferramentas para proteger as pessoas.

       O crime tem sido uma doença que acompanha o crescimento nas cidades e se relaciona diretamente com a situação econômica de cada cidadão. Atualmente, os crimes contra a vida e patrimônio tem crescido assustadoramente, é difícil encontrar alguma pessoa que não foi vítima da criminalidade.

         As organizações criminosas no Brasil cada dia se tornam mais presentes no nosso dia a dia, não podemos fechar os olhos, o problema é real, as quadrilhas estão cada vez mais especializadas, podemos ver isso no contrabando, o tráfico de drogas, o roubo de cargas, o tráfico de armas, assaltos a bancos, o tráfico e exploração de crianças e mulheres, os jogos ilegais, o furto e receptação de veículos,etc. Os crimes variam de acordo com a necessidade e objetivos.

        Infelizmente uma das características que serve de ingrediente nas estruturas criminosas é a corrupção, seja ela através do judiciário ( venda de sentenças), corrupção de policias, patrocínios de campanhas políticas. O crime organizado possui conexões e ligações social, econômica e política, desta forma realização a lavagem de dinheiro tornando suas praticas mais difíceis de combatê-las.

        Sabemos que a avanço da criminalidade são os vazios deixados pelo Estado, as facções criminosas prosperam e avançam devido as brechas abertas pela corrupção e pela desproteção policial. Enquanto as policias Civis, Militares e atualmente as Guardas Civis estiverem atuando separadas gerando “rivalidades”, enquanto tivermos políticos interessados somente no seu bem estar e uma sociedade civil achando que não faz parte do problema, o crime se une e torna-se organizado ficando mais fácil sua atuação.

         A criminalidade cresce a cada dia, o criminoso não está preocupado se tem pessoas passando fome nas favelas ou não tem onde morar. Quando ele invade uma agência bancária com um fuzil ou realiza um roubo em um semáforo, ele quer saber quanto irá ganhar, qual é a sua parte e onde vai gastar, seja com carros, imóveis, roupas de grifes, viagens, mulheres, financiando outros crimes. O criminoso é materialista e quer saciar seu lado consumista.

          Partindo destes “princípios da mente criminosa”, veja o que diz um versículo da  Bíblia o amor ao  dinheiro é a raiz de toda espécie de mal”. Com base no que está escrito podemos afirmar que,  a prostituição, corrupção, seqüestros, roubos, furtos, etc, está diretamente ligado ao valor que será arrecadado.

             Vivemos em uma sociedade no qual as pessoas são avaliadas pelo que possuem e consomem e não pelo que são. No livro Cidades Blindadas-Ensaios da Criminologia diz

 

“ Uma combinação explosiva de modernização e urbanização acelerada, desigualdade social, padrões de consumo de primeiro mundo, liberdade política e ausência de freios morais e religiosos parecem ser os maiores responsáveis pelo o fenômeno da violência crescente na America Latina, ao lado da produção de drogas e da economia estagnada em vários países”.

 

          Desta maneira podemos imaginar que o criminoso por não conseguir se enquadrar nos padrões impostos pelo consumismo, procura de todas as maneiras e tipos de crimes ganhar o seu dinheiro, sendo assim a criminalidade não vai acabar tão cedo. Não podemos esquecer de que “crimes e vítimas sempre existirão”.

          O criminoso atua onde é mais vulnerável, cada vez que se cria um novo recurso ou uma solução em segurança patrimonial para impedir a ação criminosa eles inovam com outro tipo de crime.     Procure ter em mente que a violência urbana é uma realidade presente em sua vida,   os criminosos estão procurando vítimas potencias todo instante,  24horas por dia pensando em como ganhar dinheiro, como abordar sua vítima, crimes acontecem a toda hora e estão aí diariamente sendo notícia nas páginas dos jornais e também na televisão.

         Dentro do cenário atual, a segurança pública tem seu foco de atuação no desenvolvimento dos trabalhos voltados ao planejamento estratégico que tem como objetivo identificar os tipos de riscos ou ameaças, a probabilidade dessas ameaças se tornarem eventos, o planejamento deve estar sempre voltado a ações preventivas que é aquela que se centraliza como uma postura que antevê a possibilidade de ocorrência de fatos e acontecimentos capazes de gerarem conflitos, delitos, confrontos dentre outros. Esse planejamento em segurança aliado aos recursos humanos, recursos tecnológicos,  procedimentos organizacionais, sistemas integrados, enfim  num país como a nosso, a questão da segurança sempre esteve associada ao combate à violência. No entanto, jamais houve uma intervenção eficaz na busca de suas origens.


* Siderley Andrade de Lima, GCM de Jandira, exerceu a função de Supervisor responsável pela coordenação de cursos e treinamentos, ex-subcomandante. É consultor de segurança patrimonial, graduado do curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site de segurança www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos livros:  “Manual Básico do Instrutor de Armamento  Tiro”, “ Sobrevivência Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “.